Tive uma indisposição estomacal dia desses. E sou durona… herdei o gene mutante do papai (bem como uma predisposição a um chulé satânico, mas fica uma coisa pela outra) e pra resumir sou a Wolverine de Manaus, indestrutível por qualquer força terráquea. Mas né, aquele risoto tentou…
Eeeeee eu tive que comprar caixas inteiras dos dois remédios na receita. Destinadas a expirar na minha inútil gaveta de remédios depois de dois míseros dias de tratamento. E confirmando minha lendária resistência, no final do primeiro dia já estava toda serelepe, pronta pra umas costelinhas de porco com pimentão e brócolis no alho e fettuccine.
E é aí q eu queria chegar (dois parágrafos depois.. lamento confirmar q Fulana del Rey é meu alter ego mais enrolão. Sorry about that).
Eu poderia ter comprado só seis comprimidos de um e quatro de outro, portanto. Eu poderia ter ido na farmácia e pedido exatamente assim. E o tiozinho ia pegar a caixa, me imprimia um adesivo reproduzindo lote e validade daquele remédio e o QR code pra eu ler a bula no telefone. E ia colar nos porta remédios pequenininhos, desses que se dão de brinde ou se vendem a um real, ou se eu fosse dessas aqueles q parecem uma estante em miniatura, e eu ia pra casa feliz, por não me sentir nem desperdiçando nem enganada. Ia me sentir no futuro, quando todos seremos mais inteligentes e preocupados em fazer as coisas da melhor maneira.
Várias indústrias – e no contexto específico desse post, a farmacêutica – podiam parar de tentar vender mais do que as pessoas precisam individualmente. Deviam parar de enganar aos outros e de desperdiçar a si mesmas. Dinheiro é o tipo de coisa que está em toda parte nesse mundão, ao alcance do bom e velho trabalho honesto e bem feito – e bem pensado.
Ou será q a gente vai ter que criar comunidades pra trocar caixas usadas de remédios na validade? E falando nisso, alguém precisando de Floratil?